Volta da cobrança deve aumentar os custos para consumidor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com Jean Paul Prates, CEO da Petrobras, para uma conversa sobre o preço dos combustíveis. A reunião ocorreu nesta sexta-feira, 24.
Lula ainda avalia a dimensão do desgaste político que pode sofrer com a volta dos tributos federais sobre a gasolina e o álcool, combustíveis utilizados em veículos leves. Durante o governo Bolsonaro, as cobranças do PIS e da Cofins sobre esses itens foram zeradas, em razão da escalada de preços com a pandemia e a invasão russa na Ucrânia.
Depois de tomar posse, em 2023, o petista editou uma medida provisória mantendo a desoneração até 28 de fevereiro deste ano. Assim, as cobranças voltariam em março. O impacto no bolso do consumidor, contudo, pode gerar um novo desgaste no atual governo.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a volta das cobranças traria um aumento de quase 70 centavos no litro da gasolina. O grande impasse é que Fernando Haddad, ministro da Fazenda, conta com a verba da arrecadação para engrossar os gastos do governo.
Em razão das divergências de interesses, Lula ainda não definiu se prorrogará ou não a isenção de impostos sobre os combustíveis. De acordo com o jornal Valor Econômico, o político ainda tem uma nova reunião em 27 de fevereiro, antes de bater o martelo sobre o assunto.