Chacina em Sinop: Sobrevivente enterra marido e filha de 12 anos

Mulher não morreu “por pura sorte”, diz delegado

Getúlio Rodrigues Frazão e a filha Larissa, de apenas 12 anos, foram sepultados nesta sexta-feira (24), em Governador Nunes Freire, no Maranhão. Ambos estavam entre as sete vítimas que morreram na chacina em um bar de Sinop, no Mato Grosso, na última terça (21). Raquel Gomes de Almeida sobreviveu ao ataque, mas viu marido e filha morrerem.

Getúlio foi quem enfrentou os atiradores em partidas de sinuca no dia da chacina, e ganhou todas. Chateados com as derrotas, a dupla voltou ao local armada e matou pai e filha, o dono do bar e outros frequentadores.

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De acordo com o delegado da Polícia Civil e responsável pela investigação, Braulio Junqueira, Raquel não morreu “por pura sorte”.

A adolescente Larissa era considerada a “base da família” e tinha planos de estudar e trabalhar na cidade para ajudar os pais, de acordo com Deusinha Souza Frazão, sua tia.

“Larissa era uma criança inteligente, queria estudar e trabalhar. Eu falava que ela era muito nova ainda para trabalhar, mas ela era decidida. Foi uma menina muito sonhadora, conselheira, era a base e a guia da família”, contou.

No momento da chacina, Larissa tentou correr para fora do bar, mas foi atingida nas costas por um tiro de espingarda 12 mm. Getúlio também foi morto pelas costas, com cerca de três tiros de pistola. Já Raquel permaneceu abaixada e não foi atingida.

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