Um homem com registro de caçador, atirador e colecionador (CAC) reagiu a uma tentativa de invasão ao seu imóvel e matou um dos assaltantes na manhã de sábado 18. A tentativa de roubo a residência ocorreu em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o CAC, de 40 anos, atirou no invasor no momento em que ele tentava assaltar a residência. Um segundo criminosos conseguiu fugir.
Uma arma falsa, que seria dos assaltantes, foi encontrada no local pelos policiais. O autor do disparo foi conduzido para a delegacia, onde prestou depoimento. Sua arma foi apreendida para perícia. Segundo a SSP, o CAC apresentou os documentos que autorizam o uso da arma.
A Delegacia de Itapecerica da Serra instaurou um inquérito para apurar a tentativa de roubo e a morte do assaltante — ação registrada com legítima defesa do morador. Os detalhes da ocorrência, como o número de tiros, não foram divulgados. Foram solicitados exames ao Instituto Médico Legal e ao Instituto de Criminalística.
Para ser CAC, é preciso obter o Certificado de Registro (CR), que tem validade de dez anos. Esse certificado é concedido ao colecionador, atirador ou caçador que cumpre uma lista de regras, como ser filiado a um clube de tiro, fazer prova de capacitação técnica e avaliação psicológica, apresentar certidões negativas, comprovando que responde a inquérito e não tem condenações penais, e informar um local adequado para guardar arma.
Todo o processo é feito pelo Exército, que também é responsável por autorizar o funcionamento dos clubes de tiro.
No governo de Jair Bolsonaro, as regras para adquirir armas foram flexibilizadas, mas, ao tomar posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou o decreto e suspendeu as medidas do antecessor.