Órgão deu dez dias para o Exército fornecer as informações sobre o ex-ministro da Saúde
A Controladoria-Geral da União (CGU) deu dez dias para o Exército retirar o sigilo de cem anos sobre o processo administrativo que investigava o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), hoje deputado federal.
O alvo da investigação é a participação de Pazuello em um evento político na cidade do Rio de Janeiro, em maio de 2021. Na época, o militar era ministro da Saúde do então presidente, Jair Bolsonaro.
Pelas regras do Exército, militares da ativa não podem participar de atos políticos. Na ocasião, o Exército pôs sigilo de cem anos sobro o caso, respaldado pela Lei de Acesso à Informação, com o aviso: “O documento solicitado é de acesso restrito aos agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que ela se referir”.
Depois da determinação do Exército, o Centro de Comunicação da Força justificou que o comandante “analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general”.
Já a assessoria do parlamentar disse que o militar não vai se pronunciar sobre o caso. “O processo disciplinar do Exército obedece a um rito processual próprio e cabe ao Exército se pronunciar a respeito”, disse a assessoria de Pazuello, em nota. “Por conta disso, o deputado não irá se pronunciar.”