Grupo pede punição àqueles que participaram dos atos de vandalismo de 8 de janeiro
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), coordenado pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol), realizou nesta terça-feira, 14, protestos em frente aos escritórios dos parlamentares Carla Zambelli (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL), em São Paulo. Os integrantes do grupo pedem sobretudo punição àqueles que participaram dos atos de vandalismo de 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com o MTST, também houve protestos em outros Estados do país, como no Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Paraná. Não há registro de violência nos atos, conforme a polícia.
Os integrante do grupo carregavam cartazes e faixas com a frase “Sem anistia” e gritavam palavras de ordem, afirmando, por exemplo, que “fascismo não se descute [sic], se destrói”.
Conforme o MTST, as políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos parlamentares que o apoiam contribuíram para a invasão dos prédios dos Três Poderes. A Frente Nacional de Mobilização Povo Sem Medo, que também esteve na manifestação, e o próprio MTST apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em junho de 2006, a Câmara dos Deputados foi invadida e depredada por um grupo de arruaceiros ligados ao MST, comandados por Bruno Maranhão. O presidente era Luiz Inácio Lula da Silva. No domingo, 8 de janeiro, Lula disse que o país assistia a cenas inéditas de vandalismo — é mentira, trata-se de mais uma “operação lava passado”.
“Vou voltar para Brasília agora, vou visitar os três palácios que foram quebrados e pode ficar certo, isso não se repetirá. Nós vamos tentar descobrir quem financiou isso, quem pagou os ônibus, quem pagava estadia, quem pagava churrasco todo dia”, afirmou na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo.
Em 2006, o petista viveu situação similar. Mas tratava o baderneiro Bruno Maranhão como “grande companheiro, amigo e um grande militante da esquerda brasileira”. O fato é que aquele foi um dia trágico, que deixou feridos. A invasão deixou mais de 50 pessoas machucadas. O Congresso foi destruído.