Presidente afirmou que foi “feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na” empresa
Nesta terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a disparar críticas contras as ações realizadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desta vez, o petista criticou a privatização da Eletrobras e chamou o processo de “quase que uma bandidagem”.
A Eletrobras foi privatizada em junho de 2022 por um valor de R$ 33,7 bilhões. No processo, o governo vendeu ações da empresa mantendo apenas 45% do valor da empresa. Antes, o governo detinha 60% das ações.
Ao comentar o processo, Lula afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) deve acionar a Justiça para rever a privatização.
“Foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União, [ele] vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, apontou.
Lula também chamou o processo de “irracional”.
“Isso é uma coisa irracional, maquiavélica que nós não podemos aceitar. (…) Se amanhã tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato”, ressaltou.
No entanto, o presidente afirmou que comprar de volta as ações da empresa não é uma prioridade neste momento.
“Se a gente conseguir fazer economia crescer e as coisas for bem e a gente puder comprar mais ações, a gente vai comprar. O governo tem que ter, se ele tem 40% do governo, tem que ter maioria na direção dessa empresa. (…) Agora esse é um processo que não vai fazer parte da minha pauta. Eu vou juntar dinheiro para comprar de volta? Não. A minha prioridade neste momento é acabar com uma fome neste país”, apontou.
As declarações foram dadas pelo petista durante um café da manhã com jornalistas.