Militantes de esquerda agridem estudantes liberais na Bienal da UNE

Os alvos da violência prestaram queixa e registraram Boletim de Ocorrência

Militantes de esquerda agrediram estudantes liberais nesta quinta-feira, 2, na Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro. Os alvos da violência compõem o grupo União Juventude e Liberdade (UJL), que defende a livre manifestação de ideias e o capitalismo de livre mercado.

Na saída do evento, os militantes arrancaram uma bandeira das costas de um integrante da UJL. Outro membro da UJL tentou recuperar a bandeira, mas acabou apanhando dos esquerdistas.

A Bandeira de Gadsden, alvo da fúria dos militantes, tem origem nos Estados Unidos e representa os valores libertários. Ela foi criada em 1775 pelo político Christopher Gadsden, um dos principais líderes da revolução norte-americana.

Integrantes do UJL relataram que as agressões tiveram início a partir do momento em que o grupo estendeu a Bandeira de Gadsden e começou a entoar gritos pró-liberdade. Da mesma forma, os militantes de esquerda estenderam suas bandeiras e defenderam pautas coletivistas.

Os seguranças do local pediram que todos presentes parassem com a agitação, visto que o edifício no qual ocorria o evento era antigo. Na sequência, os militantes de esquerda e os estudantes liberais deixaram a Bienal da UNE.

Na saída, integrantes do Movimento Juventude Revolucionária e do Movimento Correnteza se aproximaram dos membros da UJL e arrancaram a Bandeira de Gadsden das costas do estudante Gabriel Pavanato, 21 anos. Ele foi alvo de chutes e socos, mas não sofreu ferimentos graves. O jovem prestou queixa nesta tarde e registrou um Boletim de Ocorrência.

Em nota, a organização libertária Students for Liberty Brasil condenou as agressões contra os estudantes liberais. “É inadmissível que membros da UJL tenham sofrido ataques simplesmente por se posicionarem publicamente em defesa da liberdade”, criticou. “É dever de todos garantir o direito de livre expressão e dever de todos condenar qualquer ato de violência contra quem se posiciona politicamente. Não há lugar para a violência e a opressão em ambientes que se dizem democráticos, principalmente em um evento destinado a mapear e apresentar o que há de mais interessante na cultura, arte, ciência e tecnologia dentro e fora das universidades brasileiras.”

O Students For Liberty Brasil afirmou ser contra “qualquer ação violenta que venha a prejudicar a liberdade de expressão de qualquer pessoa ou grupo”. “Esperamos que as autoridades responsáveis tomem as devidas medidas para garantir a segurança dos participantes em eventos futuros e para responsabilizar quem cometeu tais atos de violência”, acrescentou.

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