Marinha determina afastamento de navio porta-aviões

A embarcação foi proibida de se aproximar dos portos brasileiros e deve permanecer sobre águas mais profundas

A Marinha do Brasil concluiu que um porta-aviões na costa pernambucana pode causar sérios danos ambientais e determinou seu afastamento. O temor era que a embarcação fosse abandonada no litoral brasileiro.

O casco do porta-aviões São Paulo chegou à costa em outubro do ano passado, depois que um estaleiro turco renunciou ao navio. A empresa havia arrematado o porta-aviões em uma licitação concluída em 2021. A autoridade ambiental do país barrou a autorização para reciclar a embarcação, que foi reconduzida ao Brasil.

Na década de 1990, quando pertencia à Marinha Nacional Francesa, 55 toneladas de amianto foram retiradas do porta-aviões. A substância é tóxica e cancerígena. Eventuais resíduos levaram a autoridade ambiental turca a cancelar a autorização para receber o navio em agosto de 2022.

No regresso para o Brasil, a Marinha identificou avarias na embarcação e determinou a manutenção da cobertura de seguro e a apresentação de um contrato para atracação e reparo, o que ainda não foi feito.

A Autoridade Marítima Brasileira informou que a empresa turca proprietária do navio “não adotou as providências necessárias para a manutenção do casco em segurança na área marítima indicada”, cerca de 46 km da costa brasileira.

A Marinha também realizou a inspeção no casco e constatou uma “severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade”. Além disso, o casco não possui seguro, nem contrato para atracação e reparo. O pagamento feito à contratada para realizar o reboque foi interrompido há cerca de 2 meses.

A embarcação foi proibida de se aproximar dos portos brasileiros e deve permanecer sobre águas mais profundas. Uma fragata e um navio de apoio oceânico farão o acompanhamento do reboque.

Jornais do Estado reportam que o porta-aviões já começou a se afastar do litoral pernambucano.

Fonte: Poder 360

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