7 de Setembro pode mostrar o tamanho do fascismo, diz Barroso

Ministro advertiu para a ‘defesa das instituições’

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma declaração polêmica nesta sexta-feira, 5, sobre o 7 de Setembro.

“Se os apoiadores de um dos candidatos mostrarem o seu apoio no Dia da Independência, faz parte da democracia, e devemos olhar com respeito”, disse. “Agora, se for o episódio para fechamento do STF ou do Congresso, vamos saber o tamanho do fascismo e do sentimento antidemocrático no Brasil.”

A fala se deu durante uma palestra no 17º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado na capital paulista. Um estudante interpelou o juiz do STF sobre supostos “episódios de violência” que poderiam ocorrer nas eleições deste ano, como a invasão do Capitólio, nos EUA.

Barroso lembrou ser necessário separar apoio aos candidatos, que chamou de “liberdade democrática”, dos ataques “às instituições”.

“Uma coisa é a liberdade de apoiar qualquer candidato, a outra coisa é querer destruir as instituições”, observou. “Apoiar um candidato é liberdade democrática. Agora, destruir as instituições é fascismo, um sentimento antidemocrático.”

O ministro do STF também disse que as instituições e os órgãos de segurança pública têm funcionado e são “sólidas”. Citou como exemplo o 7 de Setembro de 2021. Disse que, no ano passado, “temia-se invasão do Supremo e do Congresso, mas não aconteceu”.

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