Decisão da ministra do STF ocorre depois de uma ação do partido Rede Sustentabilidade
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem cinco dias para explicar quais vão ser as mudanças no desfile de 7 de Setembro, no Rio de Janeiro. A decisão partiu da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de uma ação do partido Rede Sustentabilidade.
A sigla enxerga o uso eleitoreiro do presidente no desfile.
A determinação também inclui que a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República se manifestem em três dias. Cármen Lúcia pretende analisar as informações, para só depois decidir se vai ou não impedir as mudanças, atendendo o desejo do partido.
Durante o discurso na convenção do Republicanos, no sábado 30, Bolsonaro afirmou que vai participar do desfile no Rio de Janeiro e que teria uma inovação, o evento ocorrer em Copacabana. No entanto, a Parada Militar da data tradicionalmente ocorre na Avenida Presidente Vargas.
O Rede solicitou ao STF uma liminar contra “qualquer mudança no planejamento e na execução dos atos de comemoração ao bicentenário da Independência no Rio de Janeiro”. Além disso, que o “desfile deve ser mantido na locação originária, historicamente planejada e utilizada pelas Forças Armadas, a Avenida Presidente Vargas, de modo a prevenir sua indevida e abusiva exploração eleitoral.”
Segundo a sigla, a mudança não possui razão técnica para acontecer. “Não tem razão evidente nas vontades político-eleitorais de Jair Bolsonaro, que pretende associar sua candidatura ao apoio institucional das Forças Armadas, bem como vender a ideia de que possui amplo apoio popular, divulgando o evento como apoio à sua reeleição.”