A não ser que você tenha dormido nos últimos dias, deve ter visto a notícia de que o músico Seu Jorge conseguiu autorização de um cartório para poder registrar seu filho recém-nascido com o nome de Samba.
Para conseguir batizar o menino desta maneira, o cantor precisou apresentar uma fundamentação, isso porque a lei brasileira tem autorização para negar nomes considerados incomuns e que possam causar constrangimento à criança. Porém, o Brasil não é o único a possuir regras de proteção para casos de registro de nomes de bebês. Elaboramos uma curiosa lista com casos, ao redor do mundo, em que pais tiveram seu desejo negado — neles todos, para sorte dos filhos. Confira.
1. Osama Bin Laden
É um tanto difícil saber o que passa na cabeça de pais no momento de dar nome a seus filhos. Neste caso específico, um casal de turcos que residia na cidade alemã de Colônia achou que era uma boa ideia batizar o filho nascido em 2002, aproximadamente um ano após os atentados às Torres Gêmeas, em Nova York, com o nome de Osama Bin Laden.
As autoridades locais se recusaram a fazer o registro da criança, explicando aos pais do bebê que há uma diretriz na legislação alemã que proíbe nomes que possam levar crianças a serem humilhadas. Como o terrorista também estava na lista internacional de procurados, seu nome era considerado ilegal na Turquia, país de origem dos pais.
2. Metallica
Homenagens a artistas que as pessoas gostam é algo corriqueiro, tanto que sobram exemplos de indivíduos com tatuagem dos rostos de seus ídolos. Contudo, batizar um bebê com o nome de uma banda soa estranho, mas, na Suécia, uma garotinha foi registrada pelos pais com o nome de Metallica, banda norte-americana de heavy metal.
Levou um tempo até que as autoridades se dessem conta do erro. A lei sueca exige que os nomes recebam aprovação das autoridades antes de serem utilizados. O caso foi levado ao Tribunal do Condado de Goteborg, onde os pais residem, e o juiz autorizou o registro.
No entanto, demais órgãos do país impuseram derrotas à família, que se viu negada a obter documentos como passaporte, por exemplo. O nome acabou alterado em parte, para descomplicar a vida da menina.
3. Nutella
Quem considera Nutella, famosa marca de creme de avelã com cacau e leite, superestimada, vai ficar abismado em saber que no ano de 2015, um casal francês tentou registrar seu bebê com o nome do doce. O caso chamou a atenção no país europeu, especialmente quando o juiz rejeitou a solicitação dos pais da menina.
Na defesa do casal perante o tribunal, eles alegaram imaginarem que a criança seria capaz de imitar a doçura e a popularidade do coe de avelã. Apesar de derrotados no tribunal, os pais batizaram a criança com o nome de “Ella”, um singela alteração sem perder o toque original da escolha.
4. Robocop
No estado mexicano de Sonora, o ano de 2014 foi muito marcante. Uma equipe dos órgãos de registros de nomes compilou uma lista com termos de uso proibidos. Além de colocar termos pejorativos, o conteúdo foi atualizado com tentativas recentes, recebidas dos cartórios das cidades do estado.
Chamou a atenção do jornalismo local a inclusão do nome Robocop, o personagem do filme policial bastante famoso nos anos 1980. A proibição, no entanto, veio após um casal conseguir batizar seu filho com o nome do policial de lata de Hollywood.
5. Akuma (Diabo)
Esse é um caso semelhante ao do bebê mexicano Robocop. No início da década de 1990, um casal registrou seu filho recém-nascido como Akuma, que no idioma local significa diabo. Na conservadora sociedade japonesa, o caso chamou a atenção até mesmo do primeiro-ministro.
À época, o ministro da Justiça se manifestou contrário à interferência do Estado na decisão da família. Ainda assim, a legislação foi alterada para que nenhuma outra família pudesse dar a seu filho o nome de Akuma.